As palavras que ainda estão em mim, deixo as para você. Algumas delas, um tanto quanto cortantes, outras com sabor levemente adocicado... As azedas não! São minhas favoritas e gostaria de ser enterrada com elas. Esse testamento é um manifesto! Para que sua tristeza não se dilua em minhas alegrias. Pra você não me matar sem que eu tenha decidido que já é hora de morrer. Então eu guardo meus sentimentos, pois não compreendo os seus. E as roupas que não me servem mais deixo na igreja, ao pé de uma estatueta pagã. Acendo uma vela e ouço através de uma concha que o mar já levou minhas cinzas pra bem longe.
Um comentário:
Adorei.
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