segunda-feira, 6 de setembro de 2010

(re)truco!

Abrir os olhos com vontade também é trepanação...

Aclamei cada idiossincrasia de palavras que não rimavam. Os grandes discursos herméticos foram a cada gole entupindo minha faringe. Foi necessário cuspir em tantas folhas de caderno uma tinta preta dissonante, deixando a cargo do outono que desprendesse cada página, vento a vento, levando as lembranças desta árvore desfolhada. E assim foram as folhas, mas também as flores e os frutos. O destino é cíclico, e é de bom tom respeitar a holisticidade das quatro estações em duplas personalidades. Não é possível negar o jogo: Homo Ludens! Imprescindível conhecer os jogadores... As cartas são descartadas uma a uma de seu baralho. Desse jogo maquiavélico é que tiro o meu príncipe. Não o pequeno! Este, submerso em sua eterna busca, volta sempre àquele planetinha que não lhe completa. O meu rei é de espadas. Não é do meu naipe, mas é menos traiçoeiro que o coringa. Há certa habilidade e sorte para sua sobrevivência de articulador. É permitido blefar. É requerido também muito mais arte do que manha para me convencer.

Um comentário:

Daniel Franco disse...

O jogador se esconde atrás das cartas. Na vida real ele não retruca, é submisso.
Parabéns pelo texto.