quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Querida Neurose,

Estou prestes a escrever um texto dadaísta só para tirar da minha cabeça essa profusão de pensamentos conturbados exatamente na ordem aleatória em que eles acontecem. Acabo de receber em casa o livro “Fora de Órbita” do Woody Allen que comprei em uma promoção do Submarino. De 36,90 por 10,00 reais. Gosto do Woody Allen por me identificar com sua complexidade de pensamentos que teimam em pensar ao mesmo tempo. E acho linda essa clareza confusa que ele tem ao expressá-los. A droga nisso tudo é que emprestei na biblioteca “Mrs Dalloway” da Virgínia Woolf e tenho apenas uma semana para ler. Juntando os trabalhos da faculdade, as leituras obrigatórias, um projeto super bacana de um curta onde estou atrasada com meus afazeres e os momentos livres do qual necessito para ser eu mesma sem que ninguém me torture por isso. Ah! E o meu novo estágio, pois começo segunda-feira e tenho essa semana para deixar todos os documentos acertados. O fato é que eu sempre me jogo em um turbilhão de coisas, mas nesse exato momento só queria jogar esse meu corpinho magrelo pela janela. Como no mais recente filme do Woody Allen, acreditando que “tudo pode dar certo” eu quebraria apenas o dedo mindinho do pé esquerdo, engessaria toda perna (meu sonho de criança) e teria uma ótima desculpa para me isolar em casa... Mas quebrar, mesmo que seja apenas o dedo mindinho do pé esquerdo, dói! E só para não sentir dor, eu prefiro viver e assumir que as vezes prefiro livros ao invés de pessoas. E vou torcer em silêncio para que o Submarino seja sempre mais eficiente na entrega de livros do que a cegonha entregando bebês! O mundo precisa de mais livros do que gente!

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